A realização dos testes genéticos na FIV é interessante para aumentar a eficiência do processo e diminuir o risco de abortos e perdas gestacionais
A Fertilização in Vitro (FIV) é considerada o tratamento padrão-ouro para casais que enfrentam desafios para engravidar. Com taxas de sucesso que podem ultrapassar 50% por ciclo, dependendo da idade e da saúde reprodutiva dos pacientes, a técnica se tornou uma esperança real para aqueles que sonham em formar uma família.
Um dos fatores que mais contribuem para o êxito desse procedimento é a realização dos testes genéticos na FIV, que permitem identificar possíveis alterações cromossômicas ou genéticas nos embriões antes da transferência para o útero. Essa avaliação não apenas aumenta a eficiência do tratamento, mas também reduz os riscos de complicações gestacionais e de doenças genéticas no bebê.
Como funciona a FIV?
A Fertilização in Vitro (FIV) é um tratamento de reprodução assistida no qual a fecundação do óvulo pelo espermatozoide ocorre em laboratório. O processo é dividido em etapas bem definidas para garantir o melhor resultado possível.
A princípio, a mulher passa por um protocolo de estimulação ovariana, que consiste no uso de medicamentos hormonais para estimular os ovários a produzirem mais óvulos do que normalmente seriam liberados em um ciclo natural. Isso aumenta as chances de obter embriões saudáveis para transferência.
Após a estimulação, é realizada a punção ovariana, um procedimento minimamente invasivo no qual os óvulos são coletados diretamente dos folículos ovarianos por meio de uma agulha guiada por ultrassonografia. No mesmo dia, o parceiro fornece a amostra de sêmen, que será preparada para selecionar os melhores espermatozoides.
A fecundação ocorre em laboratório, onde os óvulos coletados são inseminados com os espermatozoides selecionados. Os embriões resultantes são cultivados em condições ideais por alguns dias, geralmente até o quinto, sexto ou sétimo dia, quando atingem o estágio de blastocisto.
Por fim, os embriões de melhor qualidade são selecionados para transferência ao útero da mulher. É nesse momento que os testes genéticos na FIV podem desempenhar um papel importante, avaliando a saúde genética dos embriões antes da transferência para aumentar a eficácia da transferência embrionária e reduzir alguns riscos.
O que são os testes genéticos na FIV?
Os testes genéticos na FIV são realizados nos embriões formados em laboratório antes da transferência para o útero. Esses testes têm como principal objetivo avaliar o material genético dos embriões para identificar alterações cromossômicas ou mutações genéticas que possam comprometer a implantação, a evolução da gestação ou a saúde do bebê.
Esses exames analisam uma pequena amostra retirada do embrião, geralmente no estágio de blastocisto, de forma segura, sem prejudicar seu desenvolvimento. As informações obtidas pelos testes genéticos na FIV permitem que os embriologistas e médicos selecionem os embriões mais saudáveis para a transferência.
Além de aumentar as chances de sucesso da gravidez, os testes ajudam a reduzir significativamente o risco de doenças genéticas hereditárias e complicações durante a gestação. Eles são especialmente indicados para casais que possuem histórico familiar de doenças genéticas ou que enfrentaram falhas repetidas de implantação.
Portanto, os testes genéticos na FIV representam um avanço importante para oferecer mais segurança e assertividade no tratamento de reprodução assistida.
Quais são os testes mais solicitados?
Os principais testes genéticos na FIV incluem:
- PGT-A (Teste Genético Pré-Implantacional para Aneuploidias): avalia se há alterações no número de cromossomos nos embriões, como síndrome de Down;
- PGT-M (Teste Genético para Monogênicas): identifica mutações em genes específicos que podem causar doenças hereditárias, como inúmeras doenças autossômicas recessivas;
- PGT-SR (Teste Genético para Rearranjos Estruturais): detecta alterações cromossômicas estruturais que podem dificultar a implantação (indicado para pacientes que apresentam rearranjos estruturais nos seus cariótipos).
Quando são necessários os testes genéticos na FIV?
Os testes genéticos na FIV não são obrigatórios em todos os ciclos, mas existem situações específicas em que eles são altamente recomendados. Casais que enfrentam falhas repetidas de implantação, histórico de abortos recorrentes, fator masculino severo ou idade materna avançada têm maior indicação para esses exames.
Além disso, casos em que há histórico de doenças genéticas hereditárias na família ou rearranjos cromossômicos identificados em um dos parceiros também justificam a realização dos testes.
Outra situação comum é quando há baixa qualidade embrionária ou suspeita de alterações genéticas nos embriões. Nesses cenários, os testes oferecem mais segurança e aumentam as chances de sucesso na FIV.
Em qual etapa os testes genéticos são realizados?
Os testes genéticos na FIV são geralmente realizados durante o estágio de blastocisto, entre o 5º e 7º dia de desenvolvimento embrionário. Nesse momento, uma pequena amostra de células é retirada do embrião (biópsia) para posterior análise genética, sem comprometer seu desenvolvimento.
Benefícios dos testes genéticos na FIV
Os testes genéticos na FIV oferecem diversos benefícios, entre eles:
- Maior taxa de implantação por transferência;
- Redução do risco de abortos espontâneos;
- Identificação precoce de doenças genéticas;
- Maior segurança para casais com histórico de alterações genéticas.
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Fontes: