Transferência do blastocisto: entenda como funciona

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A fase de classificação embrionária em que é feita a transferência envolve várias questões; entenda cada uma delas para tomar a melhor decisão

No campo da reprodução assistida muito se discute a respeito da transferência do blastocisto ou D3, mas o que isso significa? Basicamente, depois da fecundação dos gametas em laboratório, os especialistas monitoram o desenvolvimento embrionário até decidir qual é o melhor estágio para a transferência. E é aí que surge a dúvida: como esse momento é decidido?

Como você vai ver no texto de hoje, a resposta é: depende. Em alguns casos, a transferência no terceiro dia (D3) é mais segura, enquanto em outros é viável esperar até o quinto ou sexto dia (D5 ou D6), que é quando o embrião passa a ser chamado de blastocisto. Entenda a seguir as diferenças entre essas opções, os fatores determinantes e as vantagens de cada abordagem.

O que é blastocisto?

Blastocisto é o nome dado a um embrião que está no entre o quinto e o sétimo dia de desenvolvimento, depois da clivagem. Nessa fase, ele tem aproximadamente 120 células e já apresenta a blastocele, uma cavidade central preenchida por fluido, cercada por duas estruturas principais: a massa celular interna (embrioblasto), que dará origem ao embrião, e a camada externa (trofoblasto), que formará anexos como a placenta.

Desenvolvimento do blastocisto na FIV

Mais detalhadamente, o desenvolvimento de um embrião até que ele chegue ao estágio de blastocisto ocorre da seguinte maneira:

  • Primeiro dia: o embrião tem uma única célula e dois pronúcleos (feminino e masculino);
  • Segundo dia: apresenta de duas a quatro células;
  • Terceiro dia: tem aproximadamente oito células;
  • Quarto dia: conta com cerca de 24 células.
  • Quinto dia: o embrião atinge o estágio de blastocisto, com cerca de 120 células e formação da blastocele.

Todas essas fases são monitoradas em laboratório, e a transferência do blastocisto para o útero geralmente é feita nesse quinto ou sexto dia, dependendo do protocolo da FIV.

Protocolo da FIV na transferência do blastocisto

O protocolo da FIV na transferência do blastocisto conta com quatro principais etapas, todas planejadas para garantir a maior taxa de sucesso possível.

Para começar, a paciente passa por estimulação ovariana para amadurecer vários óvulos, que são coletados por punção folicular. Depois disso, os óvulos coletados são fertilizados por espermatozoides no laboratório, e o desenvolvimento dos embriões resultantes é analisado em laboratório diariamente.

No quinto ou sexto dia de cultivo, os embriões de maior qualidade que atingiram a fase de blastocisto são escolhidos para serem transferidos ao útero ou para congelamento. Por fim, na transferência do blastocisto, um (ou mais de um, dependendo do caso) é transferido para o útero, usando um cateter inserido pela cérvix, em um procedimento rápido e indolor.

Transferência do embrião em D3

A transferência em D3 (terceiro dia) normalmente é uma opção indicada para casais com qualidade inferior de gametas ou quando existem menos embriões disponíveis, aumentando as chances de implantação.

Como escolher entre a transferência do blastocisto ou D3?

A decisão entre a transferência do blastocisto ou D3 deve ser feita ponderando uma série de questões com um médico especialista. Confira abaixo os três fatores mais importantes:

Chances de sucesso

A transferência de blastocistos traz mais chances de implantação, já que são escolhidos os embriões mais viáveis e avançados. Por outro lado, em casos nos quais os embriões não têm tanta qualidade ou estão em menor número, a transferência em D3 é uma escolha melhor, já que garante pelo menos uma tentativa de transferência.

Aspectos emocionais

Essa decisão também tem muito do lado emocional. Esperar até o quinto dia pode gerar muita ansiedade para os pacientes, principalmente por conta do risco de nenhum embrião alcançar essa fase. Na transferência em D3, existe um conforto emocional imediato, aumentando a esperança e diminuindo o desgaste psicológico.

Condicionantes do caso

Por último, fatores como idade, diagnóstico de infertilidade e número de embriões disponíveis também pesam bastante. Mulheres mais velhas, homens com condições específicas ou gametas de qualidade inferior são os melhores candidatos da transferência em D3. Já para aqueles com bons parâmetros reprodutivos e mais embriões disponíveis, a transferência do blastocisto costuma ser a melhor escolha.

Agende sua primeira consulta com a Mater Prime e discuta a melhor abordagem de transferência com um especialista em reprodução assistida.

Fontes:

Mater Prime.

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