Um embrião é formado a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, sendo o primeiro estágio de uma concepção
O embrião é uma estrutura celular formada a partir do encontro entre os gametas masculino (espermatozoide) e feminino (óvulo), um processo chamado de fecundação. Trata-se do estágio inicial do desenvolvimento de um organismo que, quando fixado em um ambiente adequado, dá início ao desenvolvimento de um novo ser humano a partir da gestação.
Parte fundamental no processo gestacional, o embrião se forma após o zigoto (primeira célula que se forma na união entre óvulo e espermatozoide) passar por sucessivas divisões celulares. O desenvolvimento embrionário vai até a oitava semana de gestação e, a partir desta fase, o bebê que está se desenvolvendo passa a ser denominado feto. Entenda melhor como esse processo ocorre a seguir!
Qual a diferença entre embrião e feto?
De forma resumida, o embrião é a fase inicial do desenvolvimento de um organismo, sendo o produto da concepção até a 8ª semana de gestação. O feto é o estágio seguinte, que começa na 9ª semana de gestação e se estende até o nascimento. Durante essa fase, os órgãos e tecidos que começaram a se formar no estágio embrionário se desenvolvem, amadurecem e começam a funcionar de maneira integrada.
Como o embrião se forma e se desenvolve?
O embrião se forma pouco depois de o óvulo ser fertilizado pelo espermatozoide, quando os núcleos das células dos gametas masculino e feminino se fundem e formam o zigoto. Esta célula inicial passa por diversas divisões celulares, chamadas mitoses, originando assim muitas células que permanecem unidas e formam o embrião.
O desenvolvimento embrionário passa por diversas fases, sendo que por volta do quinto e sétimo dia após a fecundação, o embrião está preparado para se fixar no endométrio — a camada interna do útero. É justamente a implantação do embrião no endométrio que dá início à gravidez, oferecendo todas as condições necessárias para o desenvolvimento do feto.
Fases do desenvolvimento embrionário
De modo geral, o desenvolvimento embrionário pode ser dividido em quatro fases principais: zigoto, mórula, blastocisto e gastrulação. Cada uma dessas fases tem características próprias e dura um determinado tempo.
Zigoto
É a primeira fase do desenvolvimento dos embriões. Ele se forma quando um espermatozoide penetra em um óvulo e os seus núcleos se fundem, originando uma única célula com 46 cromossomos (23 de cada gameta), essa fase dura cerca de 24 horas.
Mórula
A segunda fase é chamada de mórula, ela se forma quando o zigoto sofre sucessivas divisões celulares por mitose, originando uma massa compacta de 12 a 16 células chamadas blastômeros. A mórula tem cerca de 0,2 mm de diâmetro e continua se movendo pelas trompas de Falópio em direção ao útero, tal fase dura cerca de dois dias.
Blastocisto
Por fim, temos o blastocisto, terceira fase do processo. Ele se forma quando a mórula sofre uma reorganização celular, originando uma estrutura cavitária com duas camadas: o trofoblasto (camada externa que dará origem à placenta) e o embrioblasto (camada interna que dará origem ao embrião). Essa fase dura cerca de três dias.
Gastrulação
Processo de formação de três camadas germinativas (ectoderme, mesoderme e endoderme) que darão origem aos órgãos e tecidos do corpo humano.
Entenda o papel do embrião na reprodução humana
Conforme foi explicado, o embrião é a estrutura celular formada a partir do encontro entre o óvulo e espermatozoide, permitindo que a gestação tenha início. Para que todo o processo de divisão celular e implantação embrionária ocorra de maneira correta,é necessário que haja uma combinação de fatores para garantir o sucesso da gravidez.
Antes de mais nada, é preciso que o embrião seja saudável, de modo que ele tenha maiores chances de sucesso de implantação no endométrio. A qualidade dos gametas é fundamental para que esta estrutura formada apresente boas possibilidades de implantação.
Alterações no organismo e malformações congênitas podem impedir o desenvolvimento embrionário e atrapalhar a gestação.
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Desenvolvimento embrionário nas técnicas de Reprodução Assistida
Quando o casal está há mais de 12 meses tentando engravidar, sem sucesso, é recomendado procurar uma clínica especializada em Reprodução Humana Assistida. Os especialistas da área poderão solicitar exames que avaliam tanto o organismo feminino quanto o masculino, de modo a identificar as causas da infertilidade e encontrar maneiras de contornar o problema para, assim, alcançar o sonho da maternidade.
Existem diversas técnicas de Reprodução Humana Assistida que podem ser aplicadas, cabendo ao médico especializado apontar a mais adequada para cada caso. Em todas elas, entretanto, a formação do embrião acontece de uma maneira diferente, já que o processo de tratamento é diferenciado. As principais metodologias aplicadas são:
- Coito programado: consiste em programar as relações sexuais para que elas ocorram dentro do período fértil da mulher. Neste caso, a formação do embrião ocorre de maneira natural;
- Inseminação artificial: técnica em que os espermatozoides são inseridos diretamente na cavidade uterina para que encontrem o óvulo e a fecundação ocorra, formando assim o embrião;
- Fertilização in Vitro: técnica de alta complexidade em que os gametas masculinos e femininos são manipulados em laboratório, e a fecundação acontece em um ambiente controlado. O embrião formado permanece em laboratório até que se encontre em tamanho e desenvolvimento ideais para a transferência ao útero.
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Como é feita a transferência embrionária?
A transferência embrionária é o último estágio da FIV, no qual os embriões selecionados são delicadamente colocados no útero da mulher após as etapas iniciais de estimulação ovariana, coleta dos óvulos e fertilização. Em laboratório, os óvulos fertilizados são cultivados por alguns dias até que se tornem embriões viáveis.
O embrião geralmente é transferido para o útero em estágio de blastocisto, que acontece entre o quinto e sétimo dia após a fertilização. Inicialmente, são selecionado quantos e quais embriões serão transferidos, considerando aumentar as chances de gravidez e evitar gestações múltiplas. O procedimento começa quando a paciente toma água para encher a bexiga, facilitando a visualização do útero no ultrassom e ajudando na passagem do cateter para a transferência.
Na sala de transferência, o médico limpa o colo do útero e avalia a passagem do cateter. Os embriões são então trazidos e transportados delicadamente pelo colo uterino até o fundo da cavidade uterina, onde são depositados no endométrio usando um cateter.
Após a transferência, o cateter é verificado para garantir que todos os embriões tenham sido colocados no útero. O procedimento é concluído, e um exame de sangue para confirmar a gestação é feito aproximadamente 9 a 12 dias depois.
Congelamento de embriões
O congelamento de embriões é feito pela técnica de criopreservação, que atinge uma temperatura de -196ºC de modo ultrarrápido, o que evita a formação de cristais de gelo no interior dos embriões, preservando assim sua qualidade.
A técnica é indicada para casos específicos, como preservação da fertilidade para tentar a gestação no futuro ou em pacientes que vão passar por tratamentos oncológicos. Outra situação indicada é quando há embriões excedentes em ciclos de FIV e o casal pode decidir usá-los em novas tentativas.
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