Como a endometriose afeta a fertilidade?

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Março é o Mês Mundial da Conscientização da Endometriose, uma condição que afeta cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo e que se caracteriza pelo revestimento interno do útero (endométrio) crescendo em outras regiões do corpo. Chamada de Março Amarelo, a campanha visa conscientizar a respeito da doença, que afeta diretamente a fertilidade e a vida sexual feminina.

Mais frequente em mulheres com idade entre 25 e 44 anos, a endometriose ainda é uma doença pouco conhecida — embora relativamente recorrente —, por isso, muitas mulheres demoram para ser diagnosticadas. Em geral, os principais sinais que apontam para a condição são dores fortes que podem ser incapacitantes, como cólicas progressivas, desconforto ao evacuar ou urinar, dores na região lombar e durante a relação sexual.

Endometriose: o que é e quais as causas?

A endometriose é marcada pela presença do endométrio fora da cavidade uterina, geralmente na cavidade pélvica, ovários, intestinos e bexiga. Mesmo deslocado, este tecido é estimulado a crescer quando o corpo se prepara para que um óvulo fecundado se implante nele e, no momento da menstruação, descama assim como o endométrio original. É por esse motivo que surgem as cólicas intensas e o desconforto abdominal.

É difícil apontar as causas da endometriose, embora existam muitas teorias a respeito da condição. Uma das prováveis causas é a chamada menstruação retrógrada, em que parte do tecido menstrual reflui pelas Trompas de Falópio e se implanta na cavidade pélvica. Outra teoria sugere que o tecido endometrial seja espalhado a partir do útero através do sistema linfático ou pela circulação sanguínea.

Além das já citadas dores, outros sintomas da endometriose são:

  • Alterações intestinais ou urinárias durante o período menstrual;
  • Sangramento menstrual intenso ou irregular;
  • Fadiga e exaustão crônicas;
  • Dificuldade para engravidar.

Por que a endometriose afeta a infertilidade?

Estima-se que aproximadamente 30% a 40% das mulheres que sofrem de endometriose apresentem infertilidade. Isso acontece por conta da mudança que a doença provoca na anatomia do aparelho reprodutivo feminino, especialmente quando as Trompas de Falópio e/ou os hormônios são afetados. Além disso, a alteração faz com que a quantidade de óvulos seja menor, reduzindo as chances de gestação.

Isso não significa, entretanto, que todas as mulheres com endometriose sejam inférteis. Pacientes que apresentam alterações nos órgãos reprodutivos que resultam na obstrução da saída do fluxo menstrual devem considerar um tratamento cirúrgico para corrigir a situação. Em muitos casos, a intervenção também pode reverter a situação, especialmente nos quadros menos avançados, mas o ideal é que cada caso seja avaliado por um especialista.

É possível prevenir a endometriose?

Embora não seja possível prevenir a endometriose na maioria dos casos, mulheres com histórico familiar da doença devem estar cientes que possuem um risco aumentado para o problema. O baixo índice de massa corporal e o consumo excessivo de álcool e tabaco também são considerados fatores de risco, ao mesmo tempo em que as mulheres caucasianas são mais propensas ao problema.

Alguns hábitos podem ser apontados como possíveis maneiras de controlar o aparecimento da doença, tais como reduzir o estresse e aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3. A adoção de hábitos saudáveis também é recomendada, como a prática regular de exercícios físicos, por exemplo.

Embora a endometriose seja considerada uma doença grave do sistema reprodutivo feminino, estando diretamente associada à dificuldade para engravidar, existem tratamentos capazes de amenizar os sintomas da doença e aumentar as chances de a paciente gerar um filho. Entre em contato com a Mater Prime e agende uma consulta com um dos especialistas em reprodução humana e tire suas dúvidas sobre a doença e sua relação com a infertilidade.

Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.

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