Falência Ovariana Precoce (FOP)

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A falência ovariana precoce (FOP) é uma condição que compromete a produção de óvulos, afetando diretamente a fertilidade feminina.

A ovulação é um processo essencial para a fertilidade feminina, ocorrendo normalmente no meio do ciclo menstrual. Nesta etapa do ciclo, um dos ovários libera um óvulo maduro, que pode ser fertilizado por um espermatozoide, permitindo a concepção. Esse evento é crucial para que uma mulher consiga engravidar, pois a fecundação só pode ocorrer dentro da janela de ovulação. Em mulheres saudáveis, a ovulação acontece aproximadamente uma vez por mês, mas vários fatores podem influenciar a regularidade e a qualidade desse processo.

Contudo, em algumas mulheres, a falência ovariana precoce (FOP) pode interromper esse ciclo natural. A FOP, também chamada de falência ovariana prematura, ocorre quando os ovários perdem a capacidade de produzir óvulos saudáveis antes dos 40 anos. Essa condição pode afetar diretamente a fertilidade, tornando difícil a concepção e, em muitos casos, resultando em menopausa precoce.

A FOP é caracterizada pela perda da função ovariana, levando à ausência da ovulação e à diminuição dos níveis hormonais, especialmente o estradiol e a progesterona. Embora a perda da função ovariana seja um processo natural no envelhecimento, a falência ovariana precoce é considerada uma condição anormal que compromete a fertilidade feminina e a saúde reprodutiva.

O que é falência ovariana precoce?

Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides ao longo de toda a vida, as mulheres nascem com uma quantidade limitada de folículos ovarianos, que amadurecem e formam óvulos. Ao longo dos anos, o organismo feminino vai consumindo esses folículos até que os ovários parem de funcionar, o que leva à menopausa. No entanto, em alguns casos, esse processo ocorre de maneira precoce, antes dos 40 anos, caracterizando a falência ovariana precoce (FOP).

Ao nascer, a mulher possui cerca de 2 milhões de folículos, número que diminui para aproximadamente 400 mil na adolescência e para cerca de 25 mil aos 38 anos. A FOP acontece quando os folículos se esgotam de maneira abrupta, antes da faixa etária esperada. Como consequência, os ovários perdem a capacidade de liberar óvulos e de produzir hormônios essenciais para o ciclo menstrual.

Embora a FOP compartilhe sintomas com a menopausa, como irregularidade menstrual e dificuldades para engravidar, ela ocorre de forma mais súbita e pode levar à infertilidade.

O que causa a falência ovariana precoce?

A falência ovariana precoce (FOP) pode ser desencadeada por diversos fatores, que podem ser genéticos ou ambientais. Na maioria dos casos, a causa exata pode ser desconhecida, mas algumas condições estão frequentemente associadas à FOP. Confira os principais fatores:

  • Predisposição genética: mulheres com histórico familiar de falência ovariana precoce ou menopausa precoce podem ter maior risco de desenvolver a condição;
  • Doenças autoimunes: quando o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo, pode ocorrer o comprometimento da função ovariana, levando à FOP;
  • Tratamentos como quimioterapia e radioterapia: esses tratamentos, usados principalmente no combate ao câncer, podem danificar os ovários e acelerar o processo de falência ovariana precoce;
  • Infecções virais e outras condições médicas: certas infecções ou condições podem afetar a saúde ovariana e contribuir para a FOP.

Como é diagnosticada a falência ovariana precoce?

Mulheres com menos de 40 anos que percebem irregularidades menstruais devem procurar um ginecologista para avaliar a possibilidade de falência ovariana precoce. O diagnóstico começa com uma avaliação clínica, na qual o médico analisa o histórico menstrual e os sintomas relatados. Para confirmar a FOP, são realizados exames laboratoriais, como a dosagem de hormônios.

Qual a relação da FOP com a infertilidade?

A falência ovariana precoce e a infertilidade estão diretamente relacionadas, pois compromete a produção de óvulos saudáveis, dificultando a concepção. Com a FOP, os ovários deixam de liberar óvulos ou produzem óvulos de baixa qualidade, o que reduz significativamente as chances de engravidar.

Além da perda de reserva ovariana, a FOP também pode causar desequilíbrios hormonais, impactando a ovulação regular e, consequentemente, tornando o processo de concepção mais difícil. Embora a infertilidade seja comum nesses casos, algumas mulheres ainda podem tentar a gravidez com tratamentos médicos ou técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).

É possível prevenir?

A falência ovariana precoce (FOP) nem sempre pode ser evitada, principalmente quando está ligada a fatores genéticos ou condições autoimunes. No entanto, algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos ou retardar o desenvolvimento da FOP.

  • Acompanhamento médico: mulheres com histórico familiar de FOP ou menopausa precoce devem manter um acompanhamento médico regular para monitorar a saúde ovariana;
  • Preservação da fertilidade: o congelamento de óvulos é uma opção para mulheres que desejam proteger seus óvulos para o futuro, caso a fertilidade seja afetada mais tarde.

Embora a prevenção completa não seja garantida, um diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são fundamentais para lidar com a condição.

Como a reprodução humana pode ajudar mulheres com FOP?

A reprodução humana oferece várias opções para mulheres com falência ovariana precoce (FOP) que enfrentam dificuldades para engravidar. Como a FOP resulta na perda da função ovariana e na redução ou ausência de óvulos saudáveis, técnicas de reprodução assistida podem ser essenciais para que essas mulheres realizem o desejo de ter filhos.

  • Fertilização in vitro (FIV): a FIV é uma das principais alternativas para mulheres com FOP. Quando não há óvulos viáveis devido à condição, o tratamento pode ser realizado com óvulos de doadoras. Nesse procedimento, os óvulos são fertilizados com o espermatozoide do parceiro ou de um doador, e o embrião gerado é transferido para o útero da mulher. A FIV tem uma excelente taxa de sucesso para mulheres com FOP que não conseguem produzir óvulos próprios;
  • Congelamento de óvulos: para mulheres diagnosticadas com FOP ou que estão em risco de desenvolvê-la, o congelamento de óvulos é uma opção importante. Ao congelar seus óvulos enquanto ainda há reserva ovariana, essas mulheres podem preservar sua fertilidade para o futuro, utilizando os óvulos congelados em tratamentos de FIV posteriores.
  • Estimulação ovariana: em alguns casos, hormônios podem ser utilizados para estimular a produção de óvulos, mas o sucesso desse tratamento depende da reserva ovariana remanescente.

O acompanhamento médico especializado é essencial para avaliar cada caso e definir a melhor abordagem para alcançar o sonho da maternidade.

Para saber mais detalhes sobre a falência ovariana precoce, converse com nossos especialistas.

Fontes:

Ministério da Saúde;

Conselho Federal de Medicina (CFM);

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.

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