Taxas de gravidez baseada na quantidade de óvulos obtidos

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Taxas de gravidez baseada na quantidade de óvulos obtidos

As chances de sucesso da fertilização in vitro (FIV) podem depender de diversos fatores, desde a receptividade do endométrio até mesmo a qualidade dos óvulos, que, na maioria das vezes, são obtidos por meio da estimulação ovariana. No entanto, uma das dúvidas comuns de pacientes que estão em meio a um tratamento de reprodução humana é: existe um número ideal de óvulos que devem ser coletados para haver mais chances de gravidez?

A coleta dos óvulos é uma das fases mais importantes da FIV, pois representa uma das primeiras etapas do procedimento, antecipada pela estimulação ovariana, que é feita com doses hormonais que estimulam a produção de óvulos. Após o período de estimulação, que pode levar de 9 a 12 dias, em média, os óvulos são coletados por meio de punção, com agulha guiada por uma ultrassonografia transvaginal e conectada a um sistema de sucção. Em cerca de 30 minutos é possível coletar múltiplos óvulos. Mas qual número de óvulos é considerado ideal?

Quantos óvulos podem ser coletados?

O número de óvulos obtidos pela estimulação ovariana pode variar bastante, podendo, inclusive, haver mulheres cujos ovários não apresentam uma boa resposta à indução da produção de folículos, chamadas de pacientes más-respondedoras. Contudo, a meta de uma estimulação ovariana padrão varia entre 10 a 15 óvulos resultantes.

Mas, de acordo com um estudo recentemente publicado no periódico científico Human Reproduction, os especialistas em reprodução humana notaram maiores chances de sucesso num ciclo de fertilização in vitro com 15 óvulos coletados, além de não ser considerado um número de risco à estimulação excessiva dos ovários, situação que pode levar à SHO – Síndrome da Hiperestimulação Ovariana.

Quais são as taxas de gravidez de acordo com o número de óvulos coletados na FIV?

Ao realizar o ciclo de estimulação ovariana, os ovários da paciente passam a produzir uma quantidade muito superior de folículos dominantes, que podem possuir ou não óvulos. Além disso, mesmo que o procedimento resulte em uma quantidade de óvulos considerável, é possível que alguns não estejam maduros. A quantidade que apresenta maiores taxas de sucesso é de 15 óvulos maduros obtidos na coleta por punção.

O estudo realizado analisou dados de 400.135 ciclos de FIV do Departamento de Embriologia e Fertilização Humana do Reino Unido. Ao longo da análise os especialistas notaram que o índice de sucesso do tratamento de reprodução assistida com 10 a 15 óvulos maduros coletados apresentou as seguintes conclusões?

  • 65% de nascidos vivos em mulheres de 18 a 34 anos;
  • 50% de nascidos vivos em pacientes com idade entre 35 e 37 anos;
  • 47% de nascidos vivos para as que tinham 38 ou 39 anos, e
  • 35% de nascidos vivos para mulheres com 40 anos ou mais.

Outro estudo mostrou que quando o número de óvulos maduros obtidos é maior que 30 , as  chances de gestação começam a diminuir, pois normalmente esses óvulos apresentam menor qualidade por terem um padrão da síndrome dos ovários policísticos.

Vale lembrar que esse estudo avaliou a taxa de bebês nascidos e não a taxa de gestação. As taxas de gestação são bem superiores às taxas de nascidos vivos, pois após a gravidez ser confirmada, uma porcentagem de gestações não evolui. Essas perdas gestacionais podem ser bem precoces, quando há confirmação da gravidez com o β-hCG e não há saco gestacional ou quando há perda gestacional após o saco gestacional ser visualizado. As taxas de perdas são semelhantes à de uma gestação espontânea e estão relacionadas principalmente a alterações cromossômicas ,sendo maior quanto maior é a idade do óvulo. A partir desses dados, os especialistas em reprodução humana criaram um gráfico apontando a relação entre a idade, o número de óvulos coletados e a taxa de sucesso (nascidos vivos) prevista:

nascimento por ovulos obtidos

O gráfico permite concluir que:

  • Mulheres com menos de 35 anos apresentam as maiores taxas de sucesso, independentemente da quantidade de óvulos obtidos;
  • As pacientes com menos de 38 anos, que se submeteram à fertilização in vitro, possuem taxas de sucesso (nascidos vivos) regulares, mesmo com apenas de 3 a 6 óvulos;
  • Mulheres de 38 a 40 e entre 41 e 42 anos de idade possuem menores taxas de sucesso com um número baixo de óvulos. As taxas de sucesso são muito melhores quando números relativamente altos de óvulos são obtidos, e
  • Todos os grupos etários apresentaram taxas muito baixas de sucesso quando obtidos menos de 3 óvulos.

 

É por esse motivo que os especialistas em reprodução humana orientam a maioria dos casais a realizarem o procedimento de estimulação ovariana, com o objetivo de obter óvulos suficientes para aumentar as taxas de sucesso. Dessa forma, caso alguns embriões tenham o desenvolvimento interrompido, não atingindo o estágio de blastocisto, ainda restem outros que possam ser transferidos. Os medicamentos utilizados e as doses devem ser individualizadas para que haja o número ideal de óvulos obtidos em um ciclo de fertilização in vitro.

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