Saiba o que é a gestação compartilhada e quais são os critérios para dar início a esse método de reprodução assistida
Ter um filho é um sonho compartilhado por muitos casais. Contudo, nem sempre é possível realizá-lo de forma natural. Um dos exemplos de casais que se veem com essa dificuldade são os homoafetivos femininos.
Ainda que as técnicas de reprodução humana assistida possibilitem que uma das parceiras engravide normalmente, existe uma possibilidade de que ambas participem do processo de gestação: a gestação compartilhada.
Neste artigo, iremos apresentar o que é a gestação compartilhada e quais são os critérios envolvidos nessa forma de gestão. Acompanhe!
O que é a gestação compartilhada?
A gestação compartilhada é uma técnica que envolve a doação de óvulos de uma das mulheres, fecundados em laboratório com o sêmen de um doador anônimo. Após essa etapa, ocorre a transferência dos embriões para o útero da outra mulher, que irá gestar o bebê, permitindo que as duas mulheres tenham uma ligação biológica com o filho.
No Brasil, a gestação compartilhada foi regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2015 e deve seguir algumas normas éticas e jurídicas.
Como definir a doadora e a receptora?
Para realizar a gestação compartilhada, é preciso analisar alguns aspectos, sendo um deles a escolha de quem será a doadora dos óvulos e quem será a receptora dos embriões.
É importante que as duas mulheres estejam de acordo com a decisão e que se sintam confortáveis com seus papéis na gestação. A partir disso, alguns fatores que podem influenciar na escolha são:
- A qualidade dos óvulos: mulheres mais jovens tendem a ter óvulos mais saudáveis e com menos chances de alterações cromossômicas. Quando a diferença de idade entre as parceiras é grande, costuma ser interessante que a mais jovem seja a doadora dos óvulos.
- A reserva ovariana: se uma das parceiras tiver uma reserva ovariana muito baixa, costuma ser interessante que a parceira com a melhor reserva faça a doação de óvulos.
- As condições uterinas: mulheres com malformações uterinas, miomas muito grandes ou endométrio de difícil espessamento podem ter mais dificuldades em engravidar e manter a gravidez.
- Condições de saúde do casal: doenças hereditárias que possam ser evitadas, assim como problemas de saúde que aumentem significativamente os riscos da gestação, devem ser avaliados pelo médico ao determinar os papéis de cada parceira no processo.
- O desejo de gestar: algumas mulheres podem ter um desejo maior de vivenciar a experiência da gravidez do que outras. Por isso, aspectos emocionais relacionados a essa escolha devem ser considerados e respeitados pelo casal e pelos profissionais de saúde envolvidos.
Como ocorre a FIV e a gestação compartilhada?
A gestação compartilhada ocorre por meio da fertilização in vitro (FIV), um método avançado de reprodução assistida amplamente utilizado em diferentes contextos. A FIV consiste em quatro etapas principais:
Estimulação ovariana
A mulher que irá doar os óvulos deve aplicar medicamentos hormonais por cerca de 10 dias para estimular o crescimento de vários folículos nos ovários.
Coleta dos óvulos
Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita uma punção ovariana com o intuito de aspirar os óvulos maduros. O procedimento é realizado sob sedação e dura cerca de 15 minutos.
Fecundação dos óvulos
Os óvulos coletados são levados ao laboratório, onde são fecundados com o sêmen do doador por meio da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), que consiste em injetar um único espermatozoide dentro de cada óvulo.
Transferência dos embriões
Os embriões são cultivados em laboratório por alguns dias, até atingirem o estágio ideal para serem transferidos ao útero da mulher que irá gestar a criança. Essa transferência geralmente ocorre após aproximadamente 18 dias de preparo hormonal e é realizada por meio de um cateter fino e flexível, semelhante ao de uma coleta de Papanicolau.
Outros tratamentos de reprodução assistida para casais homoafetivos femininos
O tratamento de reprodução assistida para casais homoafetivos femininos pode ser realizado também pela técnica de inseminação artificial. Neste tratamento, a paciente que irá gestar o bebê é submetida à estimulação ovariana para induzir a ovulação e, posteriormente, no seu período fértil, ela será inseminada com o sêmen do doador.
O procedimento é considerado simples. O médico introduz um espéculo (semelhante ao usado no Papanicolau) no interior do canal vaginal, retira o excesso de muco cervical presente no útero da mulher e, a seguir, introduz um cateter no colo do útero, levando o sêmen até o fundo uterino. O procedimento não causa dor, apenas um leve incômodo.
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A gestação compartilhada é uma técnica segura e eficaz que oferece aos casais homoafetivos femininos a possibilidade de terem um filho com ligação biológica com ambas as parceiras.
Para realizar a gestação compartilhada, é preciso contar com uma clínica especializada em reprodução assistida, como a Mater Prime, que oferece toda a infraestrutura e o suporte necessário para o sucesso do tratamento.
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Fontes: