A infertilidade sem causa aparente (ISCA) afeta até 10% dos casais, mesmo com exames de identificação da dificuldade de conceber, é possível não haver causas evidentes
A infertilidade é um problema que afeta muitos casais que desejam conceber bebês. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é definida como a incapacidade de dar à luz após um ano de tentativas regulares sem o uso de métodos contraceptivos.
Em suma, a infertilidade pode ter origem tanto em fatores masculinos quanto femininos, ou em uma combinação de ambos. No entanto, em alguns casos, não é possível identificar nenhuma causa específica para a dificuldade de engravidar. Essa situação é chamada de infertilidade sem causa aparente (ISCA). Entenda melhor sobre!
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O que é Infertilidade Sem Causa Aparente? (ISCA)
A infertilidade sem causa aparente ou ISCA é um diagnóstico de exclusão, ou seja, só é feito quando todos os exames realizados pelo casal estão normais ou apresentam alterações leves, que não justificam o diagnóstico de infertilidade. Desse modo, a ISCA representa cerca de 10% dos casos de infertilidade.
Como a infertilidade é investigada?
Há diversos exames que devem ser realizados antes do diagnóstico da infertilidade sem causa aparente. Entre os femininos podemos citar:
- Ultrassonografia transvaginal;
- Histerossalpingografia;
- Histeroscopia;
- Ressonância Magnética de Pelve;
- Dosagens hormonais;
- Cariótipo.
Tratando-se de exames masculinos, podemos citar:
- Espermograma;
- Dosagem hormonal;
- Ultrassonografia escrotal;
- Fragmentação do DNA espermático;
- Cariótipo.
Possíveis causas da ISCA?
Apesar do nome, a infertilidade sem causa aparente – ISCA não significa que não há nenhuma causa para o problema. Na verdade, existem alguns fatores que podem interferir na capacidade reprodutiva do casal e que nem sempre são detectados pelos exames convencionais. Esses fatores podem ser divididos em femininos e masculinos.
ISCA por fatores femininos
A infertilidade sem causa aparente – ISCA pode ser causada por várias questões, sendo uma das principais a idade da mulher. Isso ocorre porque a reserva ovariana naturalmente diminui com a idade, desse modo também é diminuída a quantidade e qualidade dos gametas femininos, comprometendo o processo de fecundação.
Outra questão importante é a endometriose nos estágios iniciais. Tal questão pode causar inflamação e aderências nas tubas uterinas, dificultando a passagem dos espermatozoides e dos óvulos. Além disso, doenças autoimunes também podem afetar a interação entre o sistema imunológico e o sistema reprodutivo, causando rejeição aos gametas ou aos embriões.
ISCA por fatores masculinos
Os fatores masculinos da infertilidade sem causa aparente – ISCA, estão relacionados a fragmentação do DNA espermático, uma vez que pode comprometer a integridade genética dos espermatozoides e reduzir as chances de fecundação e implantação.
Ademais, a varicocele também pode impactar na qualidade seminal mesmo que os parâmetros do espermograma estejam normais, já que a falha na drenagem do sangue da região escrotal pode causar aumento da temperatura local e alterar a qualidade dos espermatozoides.
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Como é feito o tratamento para ISCA?
O tratamento para infertilidade sem causa aparente – ISCA depende de vários fatores, como a idade da mulher, o tempo de infertilidade, as condições clínicas e emocionais do casal, entre outros. Contudo, os principais tratamentos de reprodução humana assistida indicados para os casos de ISCA são:
Fertilização in Vitro
É um tratamento mais complexo e eficaz, que consiste em retirar os óvulos da mulher e fecundá-los com os espermatozoides do parceiro ou de um doador em laboratório. Os embriões formados são transferidos para o útero da mulher, onde podem se implantar e desenvolver. É o tratamento mais indicado nos casos de ISCA, uma vez que independe da funcionalidade das tubas e permite a seleção dos melhores espermatozoides. Quando indicado, é possível também fazer uso de óvulos doados.
Inseminação artificial
Na inseminação artificial, os espermatozoides são coletados e inseridos no útero da mulher em laboratório após processamento, podendo haver aumento das chances de fecundação — uma vez que há favorecimento do encontro do óvulo com os espermatozoides. Este procedimento deve ser oferecido apenas para casais com tempo de tentativas inferior a 3 anos e cuja esposa não possua idade superior a 35 anos.
Namoro programado
Esta modalidade consiste em acompanhar e otimizar o período fértil com medicações. Em geral, é indicada quando o casal tem grande dificuldade de se encontrar no período fértil. Na grande maioria das vezes, não será uma boa conduta para os casos de ISCA.
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Fontes: