Entenda tudo sobre a implantação embrionária e quais fatores podem influenciar no sucesso dessa etapa
Para que uma gravidez ocorra, são necessárias diversas etapas para a fertilização do óvulo pelo espermatozoide e a consequente formação do embrião.
A implantação embrionária é a etapa essencial que marca o início da gestação, seja em uma gravidez espontânea ou por reprodução assistida, por esse motivo as falhas de implantação são umas das principais causas de frustração em tratamentos reprodutivos.
A seguir, compreenda melhor como funciona a implantação embrionária, quando ocorre e o que influencia o sucesso dessa etapa tão importante para as pessoas que buscam formar uma família.
O que é a implantação embrionária?
A implantação embrionária, também chamada de nidação, consiste na fixação do embrião no endométrio, a camada interna do útero, para dar início ao desenvolvimento gestacional.
Uma implantação bem-sucedida dará origem à placenta – órgão temporário formado nos 3 primeiros meses de gestação, cuja principal função é fornecer oxigênio e nutrientes para o feto – e aos anexos embrionários, estruturas que auxiliam o desenvolvimento do embrião.
Como acontece a implantação embrionária?
Em uma gravidez espontânea, a fecundação ocorre na tuba uterina, estrutura que tem a função de conectar os ovários ao útero e de transportar o embrião para o endométrio, possibilitando a implantação do embrião no útero. O transporte precisa acontecer durante a janela de implantação, um período no qual o endométrio se torna receptivo.
Nos casos de fertilização in vitro (FIV), óvulos e espermatozoides são coletados e fecundados em laboratório. O embrião é acompanhado até a janela de implantação, o momento mais propicio para ser inserido diretamente no útero. Em alguns casos, o preparo endometrial com a aplicação de hormônios é realizado antes com a finalidade de melhorar as chances de concepção.
Quando ocorre a implantação embrionária?
Esse evento costuma acontecer entre 5 e 7 dias após a fecundação, seja na concepção espontânea, seja na reprodução assistida. Nesse momento, o embrião está em uma fase chamada de blastocisto, pronto para se fixar ao endométrio e formar a placenta. Caso esse embrião não consiga realizar esse processo, acontece a falha na implantação.
Quais fatores podem influenciar a implantação do embrião no útero?
Existem diversos motivos associados à falha de implantação embrionária, que podem variar desde anomalias genéticas ou doenças que alteram o ambiente uterino e dificultam a receptividade endometrial. Os principais fatores são:
Qualidade do embrião
Embriões aneuploides são motivos frequentes de falha na implantação, já que possuem uma quantidade anormal de cromossomos. Aqueles que não se desenvolvem de forma adequada nos estágios iniciais também têm menores chances de se fixarem no endométrio. Geralmente, problemas do tipo estão relacionados à má qualidade de óvulos e espermatozoides por conta de envelhecimento.
Receptividade do endométrio
O endométrio deve estar preparado para receber o embrião tanto na gestação espontânea quanto na reprodução assistida. Dessa forma, anormalidades no endométrio, como a espessura inadequada, levam à falha na implantação. Alguns fatores interferem na receptividade endometrial, como:
- Infecções;
- Inflamações crônicas, como endometrite;
- Pólipos e miomas uterinos;
- Adenomiose;
- Cicatrizes e alterações causadas por procedimentos no útero.
Sincronia entre o embrião e endométrio
A janela de implantação é um período em que o endométrio está receptivo para receber o embrião. Mesmo que não existam problemas no útero e o embrião seja de boa qualidade, pode acontecer a falha na implantação se a transferência embrionária acontecer fora desse período. Desequilíbrios hormonais e problemas na administração de medicamentos hormonais na FIV também podem afetar esse processo.
Saúde geral da mulher
Todos esses fatores citados anteriormente são influenciados pelas condições de saúde da mulher. Um organismo saudável contribui para o bom funcionamento de todos os sistemas do corpo humano, inclusive o reprodutor, o que favorece a produção de gametas de qualidade e cria um ambiente propício para o endométrio receber o embrião, por exemplo.
Como saber se a implantação foi bem-sucedida?
Para confirmar o sucesso do procedimento e o início da gestação, a melhor forma é medir os níveis do hormônio da gravidez, o beta HCG (gonadotrofina coriônica humana), que aumentam significativamente na corrente sanguínea quando a mulher está gravida.
O teste pode ser realizado a partir de 9 dias após a transferência do embrião em tratamentos de FIV e 15 dias após o coito programado ou inseminação intrauterina.
Para saber mais informações sobre a implantação embrionária e tratamentos de reprodução assistida, entre em contato e agende uma consulta com a Mater Prime.
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