Entenda quais são os riscos da fertilização in vitro e saiba o que é preciso fazer para minimizá-los
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que oferece uma alternativa para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Este procedimento envolve a fertilização dos óvulos pelos espermatozoides fora do corpo, em laboratório. Após a fertilização, os embriões resultantes são cultivados e, então, transferidos para o útero da mulher.
Contudo, apesar de seu potencial para ajudar na concepção e da alta taxa de sucesso, os riscos da FIV também devem ser considerados. Portanto, é essencial que os casais saibam quais são e discutam as opções com um especialista antes de iniciar o tratamento.
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Quais são os riscos da FIV?
Além dos riscos da FIV associados à anestesia, há questões como a síndrome da hiperestimulação ovariana, gravidez múltipla, entre outros.
Síndrome da hiperestimulação ovariana
A síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO) é um dos riscos da FIV e ocorre quando os ovários respondem de forma exagerada aos medicamentos de estimulação utilizados para promover a produção de múltiplos óvulos.
Essa condição pode levar ao crescimento excessivo dos folículos ovarianos e ao acúmulo de fluidos na cavidade abdominal, resultando em alguns sintomas como dor abdominal, inchaço, náuseas e até dificuldades respiratórias em alguns casos.
Ela pode ser dividida em leve, moderada e grave. Os casos graves são quase que totalmente evitáveis com as técnicas e medicamentos mais modernos. Em geral, apenas as pacientes com alta reserva ovariana apresentam um risco aumentado para essa síndrome.
Gravidez múltipla
Outro caso entre os riscos da FIV é a gravidez múltipla. Ela acontece, pois durante o processo de fertilização in vitro, múltiplos embriões podem ser transferidos para o útero da mulher para aumentar as chances de sucesso da gravidez. No entanto, isso também eleva a probabilidade de desenvolver uma gravidez múltipla, que envolve a gestação de gêmeos, trigêmeos ou mais bebês ao mesmo tempo.
Embora algumas famílias vejam a gravidez múltipla como algo positivo, ela pode trazer várias complicações médicas. Mulheres grávidas de múltiplos têm um risco maior de parto prematuro, o que pode resultar em bebês com baixo peso ao nascer e necessitando de cuidados neonatais intensivos.
Atualmente, a maioria das clínicas e dos especialistas preconiza a transferência de um único embrião, visto que transferir mais de um embrião ao mesmo tempo não aumenta significativamente as taxas de gestação na maioria dos casos. Sendo assim, esse risco da FIV é evitável.
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Riscos anestésicos
Durante o procedimento de recuperação dos óvulos, a sedação ou anestesia geral pode ser utilizada para garantir o conforto da paciente. Embora geralmente segura, a anestesia pode apresentar riscos como reações alérgicas, complicações respiratórias, náuseas, vômitos e, em casos raros, efeitos adversos mais graves.
Riscos psicológicos e emocionais
Outro entre os riscos da FIV é o impacto emocional e psicológico durante o tratamento. O processo pode ser estressante para algumas pacientes, gerando ansiedade e preocupação com a incerteza do sucesso.
As expectativas elevadas e os possíveis fracassos repetidos podem levar a sentimentos de desânimo, frustração e depressão. Nesse caso, é muito importante que os pacientes tenham suporte emocional, como aconselhamento psicológico e rede de apoio.
Aborto espontâneo e gravidez ectópica
O aborto espontâneo e a gravidez ectópica (tubária) também são riscos da FIV, embora suas taxas sejam relativamente baixas e nem sempre influenciadas diretamente pela técnica de reprodução assistida.
As taxas de aborto espontâneo após a FIV são equivalentes às de concepções naturais, variando de 15% em mulheres na faixa dos 20 anos a 50% em mulheres com mais de 40 anos. Essa taxa de aborto é inferior a 10% quando utilizamos a biópsia embrionária com estudo genético dos embriões antes de transferir ao útero. Mesmo em mulheres com idade reprodutiva avançada, o estudo genético dos embriões é muito eficaz em prevenir os abortos. Já a gravidez ectópica ocorre em menos de 2-3% dos casos de FIV, uma taxa semelhante a das gestações naturais.
A gravidez gerada pela FIV é mais complicada do que a gravidez espontânea?
Estudos indicam que a gravidez decorrente da FIV pode aumentar o risco de distúrbios placentários.
Além disso, a pré-eclampsia (aumento da pressão arterial) e o risco de depressão pós-parto são mais frequentes em pacientes que se submeteram à FIV em comparação com aquelas que tiveram uma gestação natural.
No entanto, esses riscos da FIV são mais comuns em casos de transferência de embriões frescos e sem estudo genético. Pacientes que utilizam embriões congelados apresentam vantagens no desenvolvimento gestacional, com uma menor incidência dessas complicações.
Como minimizar os riscos da FIV?
Para minimizar os riscos da FIV é fundamental que os casais passem por uma consulta com um médico especializado em reprodução assistida antes de iniciar o tratamento. Durante a consulta, o médico avaliará o histórico de saúde de ambos e solicitará os exames necessários.
O especialista discutirá os riscos e benefícios da FIV, orientando os casais sobre os primeiros passos do tratamento. É essencial que os casais sigam rigorosamente as recomendações médicas, incluindo a adesão ao protocolo de medicamentos, a manutenção de um estilo de vida saudável e a realização de acompanhamento contínuo durante todo o processo. Dessa forma, aumentam-se as chances de um tratamento seguro e bem-sucedido.
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Fontes: