O sangramento na gravidez é um dos sintomas que mais deixam as futuras mamães em alerta. Saiba quando esse escape pode ser preocupante.
O sangramento na gravidez pode ser assustador, mas é importante que a mulher saiba que nem sempre ele deve ser motivo de preocupação. Em muitos casos, especialmente no início da gestação, o sangramento pode ocorrer sem representar risco imediato ao bebê.
Porém, é fundamental saber quando o sangramento é considerado normal e quando pode sinalizar algo mais grave. Acompanhar o quadro clínico com um médico é sempre recomendado, mas é possível identificar algumas situações em que o sangramento pode ser preocupante.
Nem sempre o sangramento na gravidez é algo grave. Entenda sobre!
Possíveis causas do sangramento na gravidez
O sangramento na gravidez pode ocorrer em diferentes fases e as suas causas variam de acordo com o trimestre da gestação.
No primeiro trimestre
No início da gravidez, o sangramento é relativamente comum e, na maioria das vezes, não indica uma questão de maior seriedade. Algumas causas incluem:
- Implantação do embrião: ocorre geralmente de 6 a 12 dias após a fertilização. Quando o embrião se implanta na parede uterina, esse sangramento é leve e tem curta duração;
- Alterações hormonais: o corpo passa por muitas mudanças hormonais no início da gravidez, o que pode causar pequenos sangramentos;
- Hematoma retrocoriônico: ocorre um pequeno sangramento ao redor do saco gestacional que pode “descolar” parcialmente, levando geralmente a sangramentos pequenos ou moderados;
- Aborto espontâneo: infelizmente, o risco de aborto espontâneo é mais alto durante o primeiro trimestre e o sangramento na gravidez pode ser um dos primeiros sinais. Outros sintomas incluem cólicas e eliminação de tecido;
- Gravidez ectópica: quando o embrião se implanta fora do útero, principalmente nas trompas de Falópio, pode causar dor abdominal intensa e sangramento. Essa é uma situação de emergência e requer intervenção médica imediata.
No segundo e terceiro trimestre
O sangramento na gravidez durante o segundo e terceiro trimestres pode ter como causas:
- Problemas no colo do útero: infecções ou alterações no colo do útero, como a incompetência istmo-cervical (colo do útero enfraquecido), podem causar sangramento;
- Trabalho de parto prematuro: se o sangramento vir acompanhado de contrações e dores, pode indicar o início do trabalho de parto antes do tempo;
- Placenta prévia: essa condição acontece quando a placenta cobre parcialmente ou totalmente o colo do útero, o que pode levar a sangramentos. Ela requer cuidados especiais durante a gravidez;
- Descolamento prematuro da placenta: ocorre quando a placenta se descola da parede uterina antes do parto, o que pode causar sangramento intenso e dor abdominal. É uma urgência médica;
- Ruptura uterina: uma ruptura na parede do útero, geralmente associada a cicatrizes de cesarianas anteriores, pode causar sangramento grave.
Quem tem mais riscos de sangramento na gravidez?
Algumas tentantes podem estar mais predispostas ao sangramento durante a gravidez. Entre os fatores de risco mais comuns, podemos citar o histórico de aborto espontâneo, tendo em vista que mulheres que já passaram por abortos anteriores podem ter mais chances de sangramento.
Gestantes com doenças preexistentes, como a trombofilia, por exemplo, podem ter um risco aumentado para complicações e sofrerem com casos de sangramento na gravidez devido ao uso de medicamentos anticoagulantes.
Por fim, podemos citar que mulheres grávidas de gêmeos também têm maior probabilidade de sangramento, reforçando sempre que as causas e o nível de gravidade desse escape deve ser avaliado pelo médico obstetra e ginecologista.
Sangramento no início da gravidez põe o bebê em risco?
Nem todo sangramento no início da gravidez representa risco para o bebê. Pequenos sangramentos, como os de implantação, não afetam o desenvolvimento da gestação.
No entanto, sangramentos mais intensos ou acompanhados de dores podem ser um sinal de aborto espontâneo ou de gravidez ectópica, o que, sim, põe o bebê em risco e requer intervenção médica.
O que fazer em caso de sangramento na gravidez?
Em qualquer fase da gravidez, ao perceber qualquer sangramento, é importante entrar em contato com o obstetra ou procurar atendimento médico imediatamente. Durante a consulta, o profissional poderá realizar exames de ultrassom e de sangue para determinar a causa do sangramento e avaliar se há risco para a gestação.
Outros sinais, como dor intensa, tontura, febre ou pressão baixa, devem ser comunicados ao médico. Em alguns casos, o especialista pode recomendar repouso e dizer que exercícios físicos devem ser evitados até que a causa do sangramento na gravidez seja identificada.
O sangramento na gravidez pode ser uma experiência preocupante, mas nem sempre significa que algo está errado. O acompanhamento médico adequado e a atenção aos sinais do corpo são essenciais para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)