Fertilização in vitro e inseminação artificial: qual a diferença?

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A fertilização in vitro e a inseminação artificial diferem quanto à complexidade, indicação, taxas de sucesso e custos

Fertilização in vitro e inseminação artificial são dois dos principais tratamentos de reprodução assistida utilizados para ajudar casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Embora ambos envolvam técnicas avançadas de concepção, existem diferenças significativas entre eles. A seguir, entenda como esses tratamentos funcionam, quais são suas principais distinções e como escolher a opção mais adequada para cada situação.

Como funciona a FIV?

Antes de entender as diferenças entre fertilização in vitro e inseminação artificial, é importante compreender como funciona cada técnica. A fertilização in vitro envolve a fertilização dos óvulos com espermatozoides em laboratório, para posterior transferência dos embriões para o útero. O processo da FIV envolve várias etapas e pode durar entre 17 e 30 dias, dependendo de cada caso.

A FIV começa com a estimulação ovariana, que é a etapa de administração de medicamentos hormonais para a produção de múltiplos óvulos. Após a coleta, os óvulos são fertilizados com os espermatozoides em laboratório, de forma espontânea ou por meio da ICSI, técnica em que o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. Os embriões gerados permanecem em incubadoras até atingirem a fase ideal. Por fim, um ou mais embriões são transferidos para o útero.

Para quem a FIV é indicada?

A FIV é indicada para casais com dificuldades para engravidar, especialmente em casos de idade avançada, problemas de fertilidade ou para casais homoafetivos que desejam ter filhos biológicos. Também é recomendada para pessoas com condições genéticas que podem ser transmitidas ao bebê. Outras indicações incluem:

  • Falha em outros tratamentos, como a inseminação artificial;
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Ausência ou bloqueios das trompas de Falópio;
  • Distúrbios na ovulação, como falência ovariana ou endometriose;
  • Baixa contagem de espermatozoides;
  • Problemas de motilidade ou morfologia dos espermatozoides;
  • Ausência de espermatozoides no sêmen.

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Como funciona a inseminação artificial?

Embora existam diferenças entre fertilização in vitro e inseminação artificial, é importante destacar que ambas têm como objetivo aumentar as chances de concepção. No caso da inseminação artificial, o procedimento é mais simples e menos invasivo. Nesse processo, o sêmen coletado, preparado e, em seguida, introduzido na cavidade uterina da mulher, com o objetivo de facilitar a chegada dos espermatozoides ao óvulo.

Primeiro, é feita a estimulação ovariana com hormônios que amadurecem os folículos ovarianos e liberam uma maior quantidade de óvulos. Em paralelo, o sêmen é coletado e os espermatozoides com maior mobilidade e qualidade são selecionados. Em seguida, o sêmen é preparado com uma solução que simula o ambiente das tubas uterinas e é inserido no útero da mulher por meio de um cateter fino durante o período de ovulação.

Para quem a inseminação artificial é indicada?

A inseminação artificial é indicada para quem enfrenta dificuldades para conceber. Além disso, a inseminação artificial é uma alternativa para mulheres que desejam ser mães solo ou para casais homoafetivos, que podem recorrer ao uso de sêmen de doador. Outras situações em que pode ser considerada incluem:

  • Casais jovens com infertilidade sem causa aparente;
  • Homens com alterações leves ou moderadas no espermograma;
  • Mulheres com distúrbios na ovulação ou que não ovulam regularmente;
  • Alterações no colo do útero que dificultam a passagem dos espermatozoides;
  • Mulheres com muco cervical espesso, que atrapalha a chegada dos espermatozoides às trompas;
  • Endometriose.

Diferenças entre inseminação artificial e fertilização in vitro

As diferenças entre fertilização in vitro e inseminação artificial estão relacionadas à execução do procedimento e à complexidade de cada técnica de reprodução assistida. A inseminação artificial é uma técnica de baixa complexidade, mais simples e menos invasiva, que seleciona e insere espermatozoides diretamente no útero, permitindo que a fecundação ocorra naturalmente nas trompas. Já a FIV é uma técnica de alta complexidade, que realiza a fecundação em laboratório.

Além da diferença entre fertilização in vitro e inseminação artificial quanto ao procedimento, ambas as técnicas se diferem em relação à indicação. A inseminação artificial é indicada para casos de problemas mais simples de fertilidade, enquanto a FIV é recomendada para problemas mais graves, tanto nos óvulos quanto nos espermatozoides, ou quando outras tentativas de reprodução assistida falham.

Fertilização in vitro e inseminação artificial também se distinguem em relação à taxa de sucesso e custos. A taxa de sucesso da fertilização in vitro oferece uma taxa de sucesso mais alta, devido à abordagem direta no laboratório, que permite maior controle sobre a fertilização e o desenvolvimento dos embriões. Consequentemente, ela também envolve maiores custos, considerando medicamentos, coleta de gametas, fertilização em laboratório e cultivo dos embriões.

Inseminação artificial e fertilização in vitro: qual a melhor técnica?

A escolha entre fertilização in vitro e inseminação artificial depende das causas da infertilidade, da qualidade do sêmen, das condições de ovulação, do estado das trompas uterinas, da saúde geral do casal e do histórico de tentativas anteriores. Não existe um tratamento universal, mas existe a técnica mais adequada para cada situação específica.

Portanto, a decisão entre fertilização in vitro e inseminação artificial requer uma avaliação detalhada do quadro clínico de cada casal. O médico especializado em reprodução assistida desempenha um papel fundamental nesse processo, avaliando as condições de saúde e as causas da infertilidade, levando em consideração as particularidades de cada casal.

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Fontes

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Blog

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