Infertilidade

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A infertilidade possui causas variadas. Confira os fatores de risco e os tratamentos mais eficazes para quem sofre com essa condição.

A infertilidade é uma condição que afeta muitos casais ao redor do mundo, gerando dúvidas e preocupações. Segundo dados da OMS, cerca de 15% dos casais enfrentam dificuldades para engravidar, um problema que afeta aproximadamente 60 milhões de casais no mundo.

Definida como a incapacidade de engravidar após 12 meses de tentativas regulares sem o uso de métodos contraceptivos, a infertilidade pode ser tanto masculina quanto feminina. Embora o diagnóstico de infertilidade seja cada vez mais comum, sua incidência varia de acordo com fatores como idade, condições de saúde e hábitos de vida. Para os casais que enfrentam essa situação, o importante é saber que há tratamentos eficazes que podem aumentar as chances de uma gestação bem-sucedida.

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Causas e fatores de risco da infertilidade

A infertilidade, tanto em homens quanto em mulheres, pode ser desencadeada por uma série de fatores e condições, sendo atribuída a problemas genéticos, maus hábitos, doenças adquiridas ao longo do tempo e até questões ambientais.

Nos homens, por exemplo, condições que afetam a produção de espermatozoides podem prejudicar a fertilidade, enquanto, nas mulheres, problemas relacionados a ovulação, contagem da reserva ovariana, obstrução das trompas ou endometriose são causas comuns. Além disso, fatores como obesidade, sedentarismo e tabagismo podem aumentar os riscos para ambos os gêneros.

Causas da infertilidade feminina

Nas mulheres, as causas da infertilidade podem estar associadas aos diferentes aspectos do sistema reprodutivo. Uma das questões de maior prevalência é a anovulação, condição em que os ovários não liberam óvulos regularmente. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das principais condições associadas à anovulação.

Uma condição muito comum entre as mulheres e que tem se mostrado um grande fator para a infertilidade é a endometriose. Essa doença afeta de 10% a 15% da população feminina brasileira e consiste no crescimento do endométrio, tecido que reveste o útero, fora da cavidade uterina, o que causa inflamação e possíveis aderências que dificultam a gravidez.

A idade avançada também é um fator relevante para a fertilidade feminina, uma vez que a reserva ovariana e a qualidade dos óvulos diminuem com o passar dos anos, sobretudo após os 35 anos, afetando diretamente as chances de engravidar.

Outro ponto relevante é a obstrução das trompas de falópio, muitas vezes causada por infecções ou cirurgias anteriores. Essa obstrução pode impedir que o espermatozoide chegue ao óvulo ou que o embrião fecundado alcance o útero.

Causas da infertilidade masculina

A infertilidade masculina está geralmente associada a problemas na produção ou na locomoção dos espermatozoides. Baixa contagem de espermatozoides (oligospermia) ou espermatozoides com formato ou mobilidade anormais são apontados como causas frequentes de infertilidade.

Essas condições podem ser decorrentes de fatores genéticos, tais como síndromes cromossômicas ou adquiridas, como a varicocele, uma dilatação das veias que drenam o sangue dos testículos e pode afetar a qualidade do sêmen.

Outros fatores de risco para a fertilidade masculina incluem infecções que afetam o sistema reprodutivo, como a clamídia e a gonorreia. Elas podem causar obstruções nos ductos deferentes, canais por onde os espermatozoides são transportados.

Outros pontos de atenção são o uso de anabolizantes, o consumo excessivo de álcool e drogas recreativas e a exposição a toxinas ambientais, hábitos que impactam negativamente a produção de espermatozoides e, consequentemente, podem causar a infertilidade masculina.

Quais os sintomas da infertilidade?

A infertilidade muitas vezes não é diagnosticada até que um casal infértil tente conceber sem sucesso. No entanto, alguns sinais podem servir como um alerta precoce tanto para homens quanto para mulheres. Alguns sintomas que podem estar associados à infertilidade feminina são:

  • Ciclos menstruais irregulares ou ausentes;
  • Dores intensas durante a menstruação, um possível sinal de endometriose;
  • Secreções anormais ou infecções vaginais frequentes;
  • Dificuldade em manter uma gravidez.

Já entre os homens, alguns dos sinais que podem indicar um caso de infertilidade são:

  • Baixo volume de sêmen durante a ejaculação;
  • Problemas de ereção ou ejaculação;
  • Dor, inchaço ou nódulos na região dos testículos;
  • Diminuição da libido ou outros problemas hormonais.

A infertilidade tem cura?

A infertilidade em si não é considerada uma doença com cura definitiva, mas muitos problemas que causam a infertilidade podem ser tratados, permitindo que o casal ou a pessoa infértil tenham chances de alcançar uma.

Além disso, a infertilidade também pode ser contornada por técnicas de Reprodução Humana. A medicina reprodutiva tem evoluído significativamente, e, embora algumas condições possam ser irreversíveis, como a ausência de espermatozoides no sêmen ou danos graves nas trompas, tratamentos como a fertilização in vitro (FIV), inseminação intrauterina (IIU) e doação de materiais biológicos podem entregar resultados positivos.

Como diagnosticar a infertilidade?

O diagnóstico da infertilidade envolve uma série de exames clínicos e laboratoriais, que avaliam tanto a saúde reprodutiva feminina quanto a masculina.

Nas mulheres

O diagnóstico de infertilidade nas mulheres envolve exames como ultrassonografias transvaginais, para avaliar a anatomia do útero e dos ovários, e exames hormonais, que medem os níveis de hormônios reprodutivos, como o FSH, o LH e a progesterona.

A histerossalpingografia é um exame que verifica a permeabilidade das trompas de falópio, e a biópsia endometrial pode ser realizada para investigar a saúde do tecido do endométrio.

Nos homens

Nos homens, o diagnóstico geralmente começa com um espermograma, que avalia a quantidade, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides. Exames hormonais também podem ser solicitados para verificar níveis de testosterona e outros hormônios relacionados à produção de espermatozoides. Além disso, a ultrassonografia testicular pode ser usada para verificar varicocele ou outras anomalias estruturais.

Quais são os tratamentos para a infertilidade?

O tratamento da infertilidade depende diretamente do diagnóstico preciso da causa. Entre as causas mais comuns de infertilidade feminina, podemos citar a endometriose, por exemplo. Assim, mulheres que desejam engravidar e são diagnosticadas com endometriose podem ser submetidas a tratamentos com medicamentos hormonais e, em casos mais graves, à cirurgia para remover o tecido endometrial, uma técnica que melhora as chances de gravidez naturalmente.

Tratamentos de reprodução assistida para infertilidade

Os tratamentos de reprodução assistida são alternativas eficazes para casais que sofrem com a infertilidade. Entre os mais comuns, está a estimulação ovariana, que envolve o uso de medicamentos para estimular os ovários a produzirem óvulos maduros e pode ser uma alternativa para mulheres com baixa reserva ovariana.

A inseminação intrauterina (IIU), por exemplo, pode ser recomendada para mulheres com distúrbios de ovulação ou homens com problemas na motilidade dos espermatozoides. Esse procedimento consiste na inserção do espermatozoide diretamente no útero, aumentando as chances de fecundação.

Por sua vez, a fertilização in vitro (FIV) envolve a fertilização dos óvulos em laboratório, seguida da transferência do embrião para o útero, um método que se destaca pela alta taxa de sucesso em casos de infertilidade mais complexos.

 

Fontes:

Clínica Mater Prime

Secretaria de Saúde do Ceará

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)

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